Pão de Mandioquinha com Alecrim: o Abraço Dourado que Perfuma a Casa

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Na minha cozinha, eu tenho uma convicção: o cheiro de pão assando é a maneira mais rápida de transformar uma casa em lar. Foi numa tarde fria em Minas que eu descobri a magia da mandioquinha (ou batata-baroa) misturada ao perfume do alecrim. Minha avó, Dona Cecília, amassava a massa cantando modas de viola, e eu, ainda pequeno, era o responsável por “roubar” cubinhos de queijo Canastra para rechear cada pãozinho. Hoje, essa receita é meu jeito de reviver aquelas tardes e espalhar carinho em forma de alimento.

O toque de mandioquinha deixa o pão macio, levemente adocicado, enquanto o alecrim traz frescor e o queijo Canastra, aquele coração derretido que faz todo mundo sorrir na primeira mordida. Quero dividir com você essa memória quentinha e mostrar que, mesmo com a correria do dia a dia, dá para ter pão artesanal fresquinho sem complicação.

Ingredientes

  • 250 g de mandioquinha cozida e bem amassada (morna, quase fria)
  • 500 g de farinha de trigo (aproximadamente)
  • 10 g de fermento biológico seco (1 sachê)
  • 2 colheres (sopa) de açúcar mascavo
  • 1 colher (chá) de sal
  • 50 ml de azeite extravirgem
  • 200 ml de água morna (pode variar)
  • 1 colher (sopa) de folhas de alecrim fresco picadas
  • 120 g de queijo Canastra em cubos (1,5 cm)
  • Fubá ou farinha para polvilhar

Modo de Preparo

  1. Em uma tigela grande, misture o fermento biológico seco, o açúcar mascavo e metade da água morna. Deixe descansar por 5 minutos até formar uma espuma leve (isso garante que o fermento está ativo).
  2. Junte a mandioquinha amassada, o azeite e o sal. Misture bem com uma colher de pau.
  3. Adicione a farinha aos poucos, intercalando com o restante da água, até obter uma massa úmida porém que desgruda levemente das mãos. Se necessário, ajuste com um pouco mais de farinha ou água.
  4. Transfira para uma superfície enfarinhada e sove por cerca de 8 minutos, até ficar elástica e lisa. Na minha cozinha, eu gosto de apertar a massa com a palma da mão e puxar de volta – quando ela “sorri” e volta ao formato original, está pronta.
  5. Incorpore o alecrim picado, sovando suavemente para distribuir o aroma. Forme uma bola, coloque em tigela untada, cubra com pano e deixe crescer por 1 hora ou até dobrar de volume.
  6. Após a primeira fermentação, divida a massa em 8 ou 10 porções iguais. Achate cada porção, coloque um cubo de queijo no centro e feche bem, formando bolinhas.
  7. Disponha as bolinhas em assadeira polvilhada com fubá ou farinha, deixando espaço entre elas. Cubra novamente e deixe crescer por 30 minutos.
  8. Pré-aqueça o forno a 200 °C. Antes de assar, polvilhe um pouco de fubá sobre os pães e faça um corte superficial em cruz com lâmina afiada – isso ajuda a liberar o vapor e criar aquela casquinha rústica.
  9. Asse por 25 a 30 minutos ou até ficarem dourados e exalando um perfume irresistível. O segredo para o meu pão ficar perfeito é bater levemente na base: se soar oco, está pronto!
  10. Retire, espere 10 minutos sobre uma grade (se conseguir resistir) e sirva quentinho, com a “surpresa” de queijo derretendo.

Dicas do Chef

  • Mandioquinha cremosa: Cozinhe-a no vapor em vez de ferver. Assim, ela absorve menos água e deixa a massa mais macia.
  • Variação aromática: Substitua o alecrim por tomilho-limão ou orégano fresco para mudar o perfil de sabor sem perder a personalidade.
  • Congelamento inteligente: Depois de assados e frios, congele os pães em saco bem fechado. Para servir, borrife um pouco de água e aqueça a 180 °C por 8 minutos. Eles voltam a ficar como recém-saídos do forno.

Agora é a sua vez de transformar a cozinha em palco de memórias afetivas. Pegue a mandioquinha, sinta o aroma do alecrim e deixe esse pão dourado aquecer seu coração. Depois me conte como ficou – adoro saber das histórias que nascem em outras cozinhas!

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